segunda-feira, novembro 14, 2011

Como raio chegamos aqui?!

É em dias como o de hoje, em que dou por mim adulta a ser repreendida por um outro adulto, por razões que desconheço e tenho que acalentar as suas ordens porque simplesmente esse adulto que me repreende tem na sua mão o poder de eu receber um salário ao final do mês, que me pergunto como raio chegamos aqui?!

Quem deu poder a alguém para poder reprimir outro alguém só porque pode, só porque nesse dia acordou do lado errada da cama.

E o mais grave não é quem recebe a repressão é que quem é repreendido sem razão vive em tal regime de medo provocado por um cenário de crise que nada, mas absolutamente nada pode fazer a não ser ouvir e baixar as orelhas em sinal de submissão.

Mas como chegamos nós aqui?! Mas como raio nos tornamos ratos oprimidos por salários miseráveis?!

sexta-feira, novembro 11, 2011

A vida tira e dá

Os meus balanços sempre foram feitos em vesperas de aniversário e este não podia ser diferente.
E é neste mais do que nunca que chego a um novo ano com uma serie de certezas e de esperança.
A maior lição que tiro é que é sem dúvida possivel e podem as coisas boas podem acontecer a qualquer um, até a mim.
A vida levou-me uma pessoa mas deu-me outra, não numa forma de substituição, mas numa forma de amor incondicional, puro, amável, bom, que me faz bem.
Acho que é sem dúvida o melhor presente que alguma vez recebi em forma de felicidade e de luz ao fundo no tunel.
Sei agora que afinal a felicidade também é algo que me estava reservado. Não apenas as tristezas.
Impossivel não ficar triste por estes dias, por sentir a falta de quem me amou e me chamou filha e me fez muito de quem sou.
Mas para me limpar as lágrimas e me fazer sorrir, abraçar, apareceu o que é o melhor presente de sempre:

Tu, o meu homem.

terça-feira, outubro 25, 2011

Apaixonadissima

Por este vestido...que obra de arte.


Deste rapazes: STORYTAILORS

Pessoas, esses seres estranhos


Há dias que realmente me magoa a forma que as pessoas procuram para ver o mundo. A forma como classificam aquilo que não lhes diz respeito classificar. Que mandam bitaites do que não há nada a mandar, porque só a nós diz respeito. Com o pretexto de que nos querem proteger, fazer mais fortes e evitar que nos magoemos.

Tretas! Metam-se na sua vida, sejam felizes, deixem os outros viver o que tiverem que viver.

Não mascarem tristes invejas com preocupações e amarguras mal tratadas.



segunda-feira, outubro 24, 2011

Hoje ouvi ler Manuel da Fonseca, Pai


Bebi das palavras do neo realismo que tanto gostavas. Ouvi estórias do Dinis, da lavoura, das foices e do campo que não era dele mas que lhe dizia muito.
Antoninha Das Dores também esteve lá, sempre entre fogo e cinzas. Tão viva como no primeiro dia que me ofereceste o livro para ler. O André Juliano e o Sr. Portela lá estavam com as duas penas e os seus ais.
Parecia que nunca tinha ouvido aquelas palavras antes.
Era um mundo novo. Fiquei com o sorriso de quem é afortunado por ter conhecido a sua beleza, a sua música, a sua alma e mais ainda por me terem sido oferecidas por ti.

sexta-feira, outubro 14, 2011

 
"Ousam dizer-nos que o Estado já não consegue suportar os custos destas medidas sociais. Mas como é possível que actualmente não tenha verbas para manter e prolongar estas conquistas, (...) o poder do capital, tão combatido pela Resistência, nunca foi tão grande, insolente, egoista (...) O fosso entre os mais pobres e os mais ricos nunca foi tão grande; e a corrida ao capital e a competição nunca foram tão incentivadas." - 
Stephane Hessel - INDIGNAI-VOS!

quarta-feira, outubro 12, 2011

Hoje a música é esta...





Is that your heart talking
Or just that we fight over mine
The people that you love
They change when you leave them behind


But this rope that is pulling
Is whittled down to a thread
And if I don't start climbing
Pretty soon it'll be over my head


We all have dreams of leaving
We all wanna make a new start
Go and pack a little suitcase
With the pieces of our hearts
All those worries and those sorrows
We can just dust them away
Buy a coffee and a paper
And go step on to a train

sexta-feira, outubro 07, 2011

Amor certo, Amor errado.

Errado, arranca-nos a pele. Faz de nós almas tristes e perdidas, dá-nos pouco mais que minutos de felicidade fugaz e de um falso bem estar.

Errado é aquele que não nos deixa respirar. Que nos cansa. Nos transforma. Nos mata.

Certo é o que nos deixa o sorriso na cara. Nos dá a calma, a paz do que realmente é importante. Nos torna quem nos somos. Nos torna melhores.

Certo é o que por definição é bonito. Tocante, carinhoso. Para a vida.

quinta-feira, outubro 06, 2011

terça-feira, outubro 04, 2011

Num gesto vive o antes, o depois e o tudo pode acontecer.
No olhar o principio do que seria se assim não fosse.
Na vida habita a possibilidade do abraço.


[imagem do filme Submarino]

quinta-feira, setembro 29, 2011

Pablo Neruda - Soneto XVII (No te amo como si fueras...)

Pablo Neruda
Soneto XVII (No te amo como si fueras...)
    Pablo Neruda
Sonnet XVII (I don't love you as if you were...)
No te amo como si fueras rosa de sal, topacio I don't love you as if you were brine-rose, topaz
o flecha de claveles que propagan el fuego: or arrow of carnations that spread the fire:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras, I love you the way that some dark things are loved,
secretamente, entre la sombra y el alma. secretly, between the shadow and the soul.
Te amo como la planta que no florece y lleva I love you like the plant that doesn't blossom and carries
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores, inside itself, hidden, the light of those flowers,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo and because of your love, lives dark in my body
el apretado aroma que ascendió de la tierra. the tight perfume that raised from the land up.
Te amo sin saber cómo, ni cuándo, ni de dónde, I love you not knowing how, when nor whence,
te amo directamente sin problemas ni orgullo: I love you directly without problems nor pride:
así te amo porque no sé amar de otra manera, in this way I love you because I cannot love any other way,
sino así de este modo en que no soy ni eres, but in this way in which I am not and you are not,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía, so close that your hand on my chest is mine,
tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño. so close that your eyes get closed with my sleep.

sexta-feira, setembro 23, 2011


As minhas costas ficaram cansadas de carregar o peso do teu coração


[e hoje não és mais que uma recordação no léxico da minha alma]



quarta-feira, setembro 21, 2011

Bagagem


Algo que acumulamos com os anos, quer queiramos quer não.
Não escolhemos a que iremos carregar, só podemos escolher como carregá-la e o peso que lhe queremos dar, bem como, a sua influência nos nossos actos e nas nossas decisões.
É peso morto, vivo dentro de cada um de nós.
Muita dessa bagagem faz de nós quem somos.
Pode tornar-nos até mais fortes, mais tolerantes. Quem sabe até diferentes.
Outras pessoas que não as que já fomos.
Pode ser motivo de tragédia ou de alegria. Mas fará sempre parte de nós.
Quem nos quer, terá que querer essa bagagem também. Não há escolha.
Podemos tentar escondê-la, torná-la imperceptivel, mais pequena, menos importante. Nada adianta, ela vai sempre aparecer nos piores e nos melhores momentos. Faz parte de nós.
Assim o melhor será carregá-la com orgulho, colar-lhe autocolantes, adorná-la com fitas de cetim e fazer dela o nossa melhor aliada de vida.

Quando for grande....


...quero ser como ela


Dita Von Teese.


terça-feira, setembro 20, 2011

Não nasceste. 
Não és gente. 
Mas vives dentro de mim, de tanto que já sonhei contigo.


quarta-feira, setembro 14, 2011

Hoje a música é esta




It's a long walk, and the music is loud. 
She sees an old friend, 
As she walks through the crowd. 
Puts on her best smile, 
But underneath she's a broken girl. 
But It's a long walk, and the music is loud. 
She sees an old friend, 
As she walks through the crowd. 
Puts on her best smile, 
But she will always be a broken girl.

sexta-feira, setembro 09, 2011

Quando as razões não são suficientes

Para nos mover.
Não tomam já conta de nós.
Já não são motor, mas travão.
São insufientes para tudo e para nada.
Deixaram de ser um "sim" para ser um  constante "não sei".
Sinal dos tempos? Necessidade de mudança?

terça-feira, setembro 06, 2011


Nos teus braços perco-me....para me voltar a encontrar.


Hoje a musica é esta....



Déjame estar de frente a la mañana
que no se cansa nunca
de vernos despertar
déjame andar al centro del milagro
y ver que a cada rato
te quiero un poco mas

(...)
hoy no tengo ganas de cambiar el rumbo
hoy no tengo fuerza pa´ subirme al mundo
hoy me quedo entre tu piel
hoy no tengo ganas de cambiar el rumbo
no tengo fuerza pa´ subirme al mundo
hoy me quedo donde estés
tejiéndonos la piel
con cosas del querer
Quédate ahí, en medio de las prisas
envuélveme en caricias los besos que te di
y déjame perder el equilibrio
jugando a darte el mundo
y hacerte sonreír


sexta-feira, setembro 02, 2011

Cansada...

De tanta tacanhez.
Demasiada injustiça.
Pessoas sem fundo nem escrúpulos.
Personalidades fracas e enviesados ideais.
Valores perdidos e manchas na cultura.
Trocas de inteligência por euros lavados em máquinas de sistemas tecnocratas.
Homens e mulheres hermafroditas, auto suficientes, independentes, perdidos, excluidos.
Conversas de palavras sem som. Sem nexo.
Falta de noção. Humanos em números.
Vidas que deixaram de o ser, para serem horas acumuladas em dias perdidos.