A água abraça-me, empurra-me.
Correntes fortes impedem-me os movimentos. Sinto as forças a fugir.
O que antes era elemento de calma é agora ponto de teste, de fuga.
Silêncio avassalador debaixo de metros cúbicos do elemento mais insípido do universo.
Olhos fechados, frio intenso.
Afundo-me. Pulmões fecham-se, ar que não passa.
Leveza no corpo, dureza na alma.
Toco, sinto a água a percorre-me o corpo, a deixar-me ir.
Não tenho mais medo, é o que tem que ser.
Água, berço de todos os seres, leito de morte de meninas tristes.
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