quarta-feira, setembro 01, 2010

Geração de produtos inacabados

É essa a minha. Um conjunto de individuos que quiseram e querem ser tudo, presos entre duas gerações de quem não conseguiu ser quase nada e de quem não é nada mas acha que é muito.

Somos homens e mulheres cheios de qualidades, esforçados, cientes do nosso papel e tudo nos serve para nada. Somos eternos Dons Quixotes, super heróis sem quartel, nem vilão.

E como se já fosse fácil desempenhar um papel numa geração em que as mulheres começam finalmente a ser vistas como iguais (e melhores), a economia decide entrar em crise e trás ao de cima tudo o que a sociedade tentava esconder.

Como se constroem famílias só porque sim, se mantém um emprego para comprar a casa e o carro.
O material assumiu um papel de destaque em detrimento do sentimento.

Vivemos tempos estranhos, difíceis, confusos. Tudo está em transição, ao mesmo tempo que tudo perde qualidade.

E na sua maioria estamos de mãos e pés atados perante a decadência daquele que é o nosso país, do qual tentamos fazer jus a uma revolução por respeito aos nossos pais.

Mostrem-me as portas, abram as janelas, porque neste momento nem pela fechadura vejo o caminho para esta espécie de caos organizado.

1 comentário:

T disse...

Caramba...