quarta-feira, julho 20, 2011

Lembro-me

Nas horas mais insuspeitas lembro-me de ti. De como fomos, de como poderíamos ter sido. De tudo o que vive entre o se e o nunca será.
O jogo das conjunturas e das incertezas toma horas da minha vida. Tento que assim não seja, mas o meu cérebro é mais veloz que o meu coração.
Coisas que nunca irei saber. E aprender a viver com essa sensação é algo que me atormenta e me magoa.
Há algumas noites sonhei que querias dizer-me tudo, estávamos à beira mar, onde tantas horas passamos e era o refugio do sentimento que era tão nosso. E dizias-me tudo como eu achava que deveria ser, as palavras, os adjetivos estavam todos no sítio que eu achava certo.
Mas não passava disso mesmo, um sonho, um desejo reprimido.

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