
A passear na Rua da Memória, passei por portas de mágoas e janelas de sorrisos, nomes escritos nos passeios e minutos registados nas pedras da calçada.
Vi aqueles que me quiseram, tive conversas de horas com quem já não está. Ao som de tempos idos, ouvi palavras gastas mas constantes. Senti o arrepio na espinha da corrente de ar do armário a abrir e a deixar sair o que já foi.
A cada passo uma história, coisas acontecidas em momentos que já não voltam.
Observei com atenção coisas que não havia visto antes e que sempre lá estiveram, gravadas que estão a ferros na fonte dos sentimentos. Essas trouxe-as comigo. Lá deixei o que não preciso, esvaziei armários e gavetas.
De saída, não olho para trás, avanço com passos firmes para a Rua do que Há-de Ser Será.
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