
Pela primeira vez ontem alguém me perguntou a idade e num tom meio engasgado respondi 30, e não doeu nada. Pelo menos não a resposta.
Ainda há dias ouvi a ladainha materna do dia em que nasci, "nessa noite nasceram tantas meninas, tu sempre a mais bonita, já os olhos verdes e as pestanas, sempre as pestanas enormes". Sempre foi assim o idolatrar da beleza, coisa da mãe.
Aos 2 anos já convivia com o peso da quase perfeição, do lacinho na cabeça, do vestidinho das flores, da colónia francesa para bébés.
Ainda há dias ouvi a ladainha materna do dia em que nasci, "nessa noite nasceram tantas meninas, tu sempre a mais bonita, já os olhos verdes e as pestanas, sempre as pestanas enormes". Sempre foi assim o idolatrar da beleza, coisa da mãe.
Aos 2 anos já convivia com o peso da quase perfeição, do lacinho na cabeça, do vestidinho das flores, da colónia francesa para bébés.
Aos 12 perdi quase a noção da realidade, comecei a desligar-me, para construir a minha realidade, a proteger-me das formas que soube, sempre sozinha. A minha independência começou a desenhar-se aos 14 e culminava aos 17 com a fuga. Aos 20 desgosto que quase me matou por dentro.
Vivi como escolhi, dei todas as cabeças possiveis e tantas outras me esperam.
Alguém me amou, amei alguém.
Não sou a mesma, sou diferente, talvez melhor.
Aprendi a desejar o indesejável e a não fazer rigorosamente nada quando o que mais queremos não nos quer. As evidências são parte integrante da vida.
Procura é razão de viver, mas já não a única. Paz interior é motivação para respirar e abrir os olhos todos os dias e agradecer o que tenho.
Não quero saber tudo, quero ser ensinada, quero ouvir de quem sabe, correr mundos, ouvir outras linguas, dar a quem precisa.
Quero esquecer rancores, tristezas desnecessárias, sarar. Abraçar quem me quer.
Este ano voltei a vestir-me de verde....a década é outra mas a Rita será sempre a Rita dos Limões. *
Não quero saber tudo, quero ser ensinada, quero ouvir de quem sabe, correr mundos, ouvir outras linguas, dar a quem precisa.
Quero esquecer rancores, tristezas desnecessárias, sarar. Abraçar quem me quer.
Este ano voltei a vestir-me de verde....a década é outra mas a Rita será sempre a Rita dos Limões. *
* em memória de quem tão bem me quiz.
5 comentários:
Receita de quem sabe muito pouco, mas que junta o teu ao meu saber e ficamos com isto:
1) esquecer rancores
2) a procura não pode ser o único motor ( a tal paz de espírito é mesmo mais positivo e dá uma tranquilidade boa *a vida)
3) abraçar quem nos quer é obrigatório! assim como dar e receber mimo. mto ;)
muitos parabéns, rita.
vc é uma jovem, sabia? (sabe, sabe...) está a entrar numa idade magnífica. aproveite-a bem :)
abraço de uma cota que a 'segue' (aqui e no twitter)
Obrigada pelos conselhos e atenção. :) sempre a aprender...
Gostei.
Lindo :)...Rita dos Limões e...das limonadas :)))))))))))))))
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