quinta-feira, outubro 01, 2009

Deserto que a mim pertences

Queria voltar a ti, respirar o teu ar infértil, o calor seco e o cheiro a peles e vida.

Voltar a ver o que não há para ver, um imenso deserto, onde habitam apenas escorpiões, criaturas de outros tempos e nómadas que perderam a noção do tempo, para se tornarem seres que te consome e te dão vida.

Ouvir o imenso som do silêncio, avassalador e intenso como mais nenhum outro.

Caminhar na areia fina e sentir o calor na minha pele, a queimar, sentir que o mundo me pertencem e em ti serei sempre livre.

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