segunda-feira, junho 30, 2008

Labirinto

Porta aberta. Entrou. Muita confusão, paredes de cores e cheiro a jasmim. Um corredor estreito, a claustrofobia tomava conta de si, mas a curiosidade era mais forte.

Torrente de sentimentos. Passos apressados, paredes estreitas, vários caminhos a seguir, escolhas a fazer, sinais difusos, o mundo fecha-se, corredores infindáveis.

Ao fundo avista duas portas, dois caminhos. Eis o momento de escolher e abrir uma delas sabendo que ambas não tinham retorno.

Porta preta, escura, com cheiro a mofo e a tristezas, gasta pelo sol, a precisar de renovação. Sensação de perda, tristeza.

Porta laranja, luminosa, quente, cheiro a flores e laranjas. Sorriso fácil, borboletas no estômago.

O seu instituo desconfia. Certezas fraquejam. Tudo é diferente. Não reconhece.

Tocou ambas, sentiu a rugosidade da preta em detrimento da sensação aveludada da segunda, chegando mesmo a encostar-se. A escolha tornava-se óbvia.

Abre a medo a porta laranja e entra.

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