domingo, maio 18, 2008

A rapariga que sabia demais

... Desde tenra idade todos lhe diziam para acreditar nos seus pressentimentos, isso assustava-a.
os Sentimentos eram pungentes e dilacerantes, nada era de animo leve, a sua intensidade levava-a onde raramente queria ir.

O mundo ficou diferente. A vida fazia um aparente sentido. Apareceu ele. As mensagens eram confusas. Os recados diários pareciam não ter fim. Sempre com a mesma expressão.

Nada mais parecia conhecido para a rapariga. Começou a acreditar que tudo o que acontecia, era por culpa própria, alguma coisa teria feito para desencadear tais reacções, só não conseguia recordar o quê exactamente.

Um dia estranhamente, acordou sozinha, olhou em redor, tudo apontava para o princípio do fim. Passava-lhe de um tudo pela cabeça.

E assim aconteceu, na fraca tentativa de sair da cama, a rapariga caía desfalecida no chão frio daquele quarto que antes tinha albergado o amor perfeito. As lágrimas caiam insistentemente pela sua face, o mundo parecia não fazer mais sentido...e assim permaneceu durante horas, fez-se noite e ela não conseguia levantar-se do mesmo sitio onde havia caído e chorava sem conseguir manter praticamente a respiração.

Dormiu ali. Mas enquanto os primeiros raios de sol apareciam tímidos por entre as cortinas, decidiu que tudo havia de passar, e que sozinha ia mostrar ao mundo que era forte...

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