Só por si uma temática recorrente, mas insistentemente necessária, nos tempos que correm entre fenómenos de globalização e pandemias anunciadas, uma imagem, uma musica, um gesto não têm mais o mesmo valor, nada é mais aquilo que parece, e nós humanos não passamos disso mesmo, mais uma espécie a recorrer o Planeta que achamos que é nosso por direito.
Arrastamos os dias através de horas, minutos, segundos, preocupados com leviandades que achamos terem toda a importância deste mundo e do outro, e não paramos nem por um momento a pensar que não somos nenhuma espécie de deus, que tufo sabe.
Nem nos apercebemos que o dia tem apenas 24 horas. E que para muitos ao final dessas horas a vida terminou e nós temos a sorte de estar vivos, sem questionar sequer porquê.
Provavelmente este discurso cheira a fatalismos e transpiração negação, mas de facto é apenas o pequeno desespero a falar. A contenção de quem já não consegue ser ele mesmo e tem que passar pelo mundo a fingir uma constante conformação e uma aparente calma, quando um conflito interior toma conta de nós próprios.
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